O americano Hemingway dispensa
apresentação, tendo inclusive vencido o Nobel de Literatura de 1954. Autor de
clássicos como “O velho e o mar”, ele foi repórter durante a Guerra Civil
espanhola que durou entre 1936-39. Desta sua experiência nasce o romance “Por
quem os sinos dobram” foi amplamente aclamado desde seu lançamento na década de
1940, tendo inclusive vencido o prêmio de Livro do Ano pelos jurados do
Pullitzer.
O protagonista do enredo é o
ativista americano Robert Jordan que atua como dinamitador para o governo democrático
que luta contra as tropas do general Franco, que sairiam vencedoras do
conflito. Ele recebe a missão de explodir uma ponte durante uma ofensiva contra
as tropas fascista. Para tanto, ele se embrenha nas montanhas no território
dominado pelo lado de Franco, onde atuam bandos leais ao governo democrático.
Durante a missão Jordan conhece
personagens caricatos. O velho sonhador emotivo, os soldados inocentes, o líder
carismático decadente, a forte mulher militante e a ingênua e desprotegida
apaixonada pelo heroi. Entre amizades, rusgas e paixões do protagonista,
Hemingway nos leva para dentro do conflito, mostrando as crueldades e
motivações de ambos os lados.
O grande destaque da narrativa é
sem dúvida as dúvidas que o personagem principal é levado pela sua nova paixão
e os questionamentos inerentes a toda guerra. O texto é tão bem escrito que o
leitor é transportado para a Espanha, até parece cavalgar junto com os soldados
durante a missão de Jordan e não seria estanho ter o reflexo de se desviar das
balas durante os tiroteios.
O que o livro tem de nem tão bom,
o papel de heroi reservado a um americano que leva suas convicções até a morte.
O livro tem muito de roteiro de filme de Hollywood, mas o enredo previsível não
diminui a maestria da escrita de Hemingway.
Classificação pessoal e
arbitrária: quatro estrelas e meia.
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