27 de fev. de 2012

"Memórias de minhas putas tristes" de Gabriel García Márquez. Record (2010), 127 páginas.



García Marquez dispensa apresentações como vencedor de Nobel de Literatura. "Memórias de minhas putas tristes" marca o retorno do autor depois de um hiato de 10 anos. A sua narrativa envolvente e com personagem marcantes continuo intacta depois de uma década sem publicar um novo romance.
O enredo gira em torno de um velho jornalista, em uma cidade do interior da Colômbia, que não tem nome na narrativa, que resolve avaliar sua vida ao fazer seu nonagésimo aniversário. Para comemorar a data, ele resolve procurar uma casa de prostituição que fora clientes durantes décadas em busca de uma virgem. É a relação entre o velho de 90 anos e esta menina de 14 que García Márquez nos leva pela sua literatura do nível mais alto possível.
O personagem é o próprio narrador que faz toda a narrativa se referindo ao próprio livro como suas memórias. O mundo surreal de García Márquez se materializa quando o personagem se apaixona pela garota no que diz ser seu primeiro amor. Esta paixão é platônica, pois o velho nunca consuma o ato sexual com a menina, e tampouco ela conversa com ele em seus encontros na casa de prostituição e ele só ouve aq voz dela uma vez durante todo o livro.
Em meio a assassinatos, conspirações e um crítica social, García Márquez desenvolve o enredo culminando em um final previsível de um amor correspondido. O livro tem todos os itens de um ótimo romance, menos um: é pequeno. Quando se trata de García Márquez esperava-se que ele construisse um enredo maior e mais complexo, não se limitando a histórias curtas e pouco desenvolvidas. Parece que a obra foi escrito com impaciência e sem a mesmo paixão de outrora.

Classificação pessoal e arbitrária: três estrelas e meia.

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