
A trama é de um romance social-político-sexual-policial, onde não faltam nem mesmo incestos, outros assassinatos e estupros. As reviravoltas fogem do óbvio, e deixam o leitor surpreso com as revelações feitas aos poucos e com o clímax final.
O prefácio e os capítulos finais são em tempos próximos ao presente, mas grande parte do livro se desenrola no início da década de 1960, em uma cidade do interior fluminense em plenos meses Jânio Quadros.
Os protagonistas principais são dois garotos, Eduardo (o intelectual) e Paulo Roberto (o ingênuo), eles encontram o corpo de uma mulher que foi brutamente assassinada. Depois descobrem que se trata da mulher do dentista da cidadezinha, que confessa o crime. Porém, os garotos não se convencem da confissão e decidem investigar por conta própria o assassinato.
Neste intento, eles conhecem um idoso morador de asilo, que os auxilia na investigação. Durante o transcorrer eles se envolvem em uma trama que inclui os poderosos da cidade em práticas sexuais extremas, além de casas de prostituição e dos sonhos de um país que parecia entrar em uma era de prosperidade.
Nos capítulos finais o autor nos mostra o que aconteceu com a vida dos garotos após a os acontecimentos daquele mês de 1961. Um virou sociólogo outro engenheiro, mas não conto quem virou o que para aumentar a curiosidade de quem for ler o livro.
O livro de Edney Silvestre é muito bom, divertido e ainda nos faz refletir sobre os jogos de poder em nossas cidades, sem dúvida um livro que deve ser lido por quem gosta de boa literatura.
Classificação pessoal e arbitrária: quatro estrelas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se você for postar na opção deo anônimo, coloque seu nome.