"O elo de Alexandria" de Steve Berry. Record (2008), 560 páginas.

Este livro é uma continuação de “O legado dos Templários”, mesmo que não seja necessário que se tenha lido o primeiro para entender o segundo. Mas os personagens principais são os mesmo: o herói Cotton Malone, seu filho Gary e ex-esposa Pam, sua antiga chefe Stephanie, o amigo milionário dinamarquês Henrik Thorvaldesen e garota sexy Cassiopéia Vitt. E mais uma vez a trama gira em torno das falhas históricas da Bíblia.

O grande segredo sobre a Bíblia neste livro e que uma conspiração tenta impedir que venha a público é que os acontecimentos narrado no Antigo Testamento não ocorreram na Palestina como a tradução do hebraico arcaico faz crer, e sim, a centenas de quilômetros ao sul na Arábia Saudita, o que traria sérias conseqüências para o islamismo e o judaísmo. São Jeronimo e Santo Agostinho sabiam disto mas deixaram que os erros da tradução permanecessem para preservar o cristianismo e o Novo Testamento.

A mítica biblioteca de Alexandria entra na história porque não existem atualmente exemplares do Antigo Testamento escritos em hebraico arcaico, e na biblioteca de Alexandria existia. Se de alguma forma a biblioteca ainda existisse a teoria do erro de tradução poderia ser comprovada ou não. Então Cotton Malone e sua ex-esposa entram em cena na busca da mítica biblioteca, motivados pelo seqüestro de seu filho Gary.

Na trama várias pessoas são envolvidas, o serviço secreto de Israel, Bin Laden, e pessoas do alto escalação do governo americano, e até o presidente dos Estados Unidos se vê envolvido em uma conspiração global para encontrar a biblioteca de Alexandria.

O livro para quem já leu “O legado dos Templários” é um pouco monótono, pois eles têm praticamente o mesmo formato e a trama se desenrola de maneira muito parecida. Outro ponto negativo é que o livro parece mais com um roteiro de Hollywood, pois os Estados Unidos são os mocinhos do mundo e protegem o mundo livro dos malvados judeus e árabes. E no final eles salva o mundo de mais uma conspiração que poderia abalar a política global. Para quem quer ler e se divertir um pouco vale a pena, mas para quem quer algum tipo de novidade não é recomendável.

Classificação pessoal a arbitrária: três estrelas