Em um paralelo com o futebol, eu colocaria como o Pelé da literatura brasileira, Machado de Assis. Como o Garrincha, ou seja, como o outro componente da dupla perfeita, Jorge Amado. O primeiro livro que li de Jorge Amando, ainda na minha adolescência, me deixou profundamente impressionado com duas coisas; sua linguagem e a trama em si. Cada leitura que fiz no intervalo de todos estes anos me deixam cada vez mais impressionados com estes dois pontos, não foi diferentes com “Capitães da areia”.
A temática do livro é os menores infratores que viviam pelas ruas da Bahia na primeira metade do século passado. O livro já começa bem, de forma bem original com recortes de jornais (que deixam dúvidas sobre sua realidade) onde o leitor é apresentado aos capitães de areia e como a sociedade baiana se incomodava com sua existência, mas não fazia nada para resolver os seus problemas. A crítica social está presente com força em toda a obra.
Jorge Amando nos traz um cenário da Bahia da primeira metade do século passada que é quase fotográfica, parece que conhecemos os cenários que ele descreve mesmo sem nunca termos passado por perto deles. Outro destaque é os personagens, cada um mais bem construído que outro. Eles têm personalidades individuais, histórias que parecem verídicas e atitudes que os fazem parecerem reais, nem são nem de todo bons, nem de todo maus, são como gente comum.
Um tema recorrente é a sexualidade. Cenas de estupro, homossexualidade, assédio de menores e sexo quase inocente entre adolescentes fazem parte da narrativa. A história em si poderia se chamar “As aventuras dos capitães da areia” ou “As confusões dos capitães da areia”, pois cada capítulo conta um novo ocorrido com eles pelas ruas da Bahia; assaltos, jogatina, brigas (com capoeira), sexo, estupros, prisões e a fuga dela. O que falta para uma boa história? Nada! Está tudo lá. Inclusive faz parte dela personagens reais, como Lampião que recebe em seu bando um dos capitães da areia.
Ao longo do livro os adolescentes vão crescendo. Um vira artista no Rio de Janeiro, outro frade, outro morre ao fugir da polícia, outro cangaceiro, outro malandro e outro gigolô. Porém, Jorge Amado trata com especial carinho o destino do líder do grupo no período em que narra à história; Pedro Bala. Ele deixa os capitães da areia e vira um líder social, engajado em promover a distribuição de renda. No fim do livro existem algumas palavras da viúva de Jorge Amando, Zélia Gattai. Em poucas palavras ela desvenda o grande mistério para o livro ser tão bom, de como Jorge Amado pode criar os cenários e personagens tão bem construídos. Zélia conta que Jorge foi dormir algumas noites com os meninos de rua para escrever o livro. Este fato não tira mérito algum da criatividade e genialidade de Jorge Amando, ao contrário, mostra o quanto ele levava a sério a questão de seus romances parecessem mais bem reais quando possível.
A temática do livro é os menores infratores que viviam pelas ruas da Bahia na primeira metade do século passado. O livro já começa bem, de forma bem original com recortes de jornais (que deixam dúvidas sobre sua realidade) onde o leitor é apresentado aos capitães de areia e como a sociedade baiana se incomodava com sua existência, mas não fazia nada para resolver os seus problemas. A crítica social está presente com força em toda a obra.
Jorge Amando nos traz um cenário da Bahia da primeira metade do século passada que é quase fotográfica, parece que conhecemos os cenários que ele descreve mesmo sem nunca termos passado por perto deles. Outro destaque é os personagens, cada um mais bem construído que outro. Eles têm personalidades individuais, histórias que parecem verídicas e atitudes que os fazem parecerem reais, nem são nem de todo bons, nem de todo maus, são como gente comum.
Um tema recorrente é a sexualidade. Cenas de estupro, homossexualidade, assédio de menores e sexo quase inocente entre adolescentes fazem parte da narrativa. A história em si poderia se chamar “As aventuras dos capitães da areia” ou “As confusões dos capitães da areia”, pois cada capítulo conta um novo ocorrido com eles pelas ruas da Bahia; assaltos, jogatina, brigas (com capoeira), sexo, estupros, prisões e a fuga dela. O que falta para uma boa história? Nada! Está tudo lá. Inclusive faz parte dela personagens reais, como Lampião que recebe em seu bando um dos capitães da areia.
Ao longo do livro os adolescentes vão crescendo. Um vira artista no Rio de Janeiro, outro frade, outro morre ao fugir da polícia, outro cangaceiro, outro malandro e outro gigolô. Porém, Jorge Amado trata com especial carinho o destino do líder do grupo no período em que narra à história; Pedro Bala. Ele deixa os capitães da areia e vira um líder social, engajado em promover a distribuição de renda. No fim do livro existem algumas palavras da viúva de Jorge Amando, Zélia Gattai. Em poucas palavras ela desvenda o grande mistério para o livro ser tão bom, de como Jorge Amado pode criar os cenários e personagens tão bem construídos. Zélia conta que Jorge foi dormir algumas noites com os meninos de rua para escrever o livro. Este fato não tira mérito algum da criatividade e genialidade de Jorge Amando, ao contrário, mostra o quanto ele levava a sério a questão de seus romances parecessem mais bem reais quando possível.
Classificação pessoal e arbitrária: quatro estrelas e meia
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