Uma boa opção para se conhecer a cidade é utilizar a Linha Turismo, que sai da Praça Tiradentes e custa R$ 20,00. O ônibus passa por vinte e quatro pontos turísticos e o passageiro pode descer em quatro a sua escolha. Antes de embarcar, no entanto, o turista pode visitar a Catedral Basílica Nossa Senhora da Luz na Praça Tiradentes. Esta igreja em estilo gótico tem sua fachada muito bonita, vale a pena a fotografia. O interior, no entanto, é bem desconfigurado e não é tão bonito.
O primeiro ponto turístico é a Rua das Flores, depois o Museu Ferroviário, Teatro Paiol e em seguida o Jardim Botânico; que é parada obrigatória. Este é um dos grandes cartões postais de Curitiba, principalmente a sua estufa de vidro com três abóbadas. Mas o Jardim Botânico tem muito mais que isto: trilhas em bosque, velódromo, uma grande área verde e um jardim lindo. A entrada é gratuita e existe um café e lojas de lembranças.
Tomando a Linha Turismo, a próxima parada é Mercado Municipal; este local é uma visita imperdível, como outros mercados do tipo (os mercados públicos de Porto Alegre, Florianópolis e São Paulo, por exemplo) pode-se encontrar diversos produtos de qualidade e frutas das melhores procedências. O de Curitiba fica devendo aos outros na fachada, que em nada é atraente e indica a grande atração que é seu interior. Outro ponto positivo são os preços, que ao contrário dos outros mercados são justos, inclusive os restaurantes do piso superior.
Com uma caminhada de 15 minutos pode-se chegar ao Teatro Guaíra, um dos maiores do Brasil e que pode ser visitado de segunda a sexta até as 15h. Do outro lado da Praça Santos Andrade está o prédio histórico da Universidade do Paraná, uma das primeiras do país; hoje a UFPR. A fachada do prédio é linda, e por dentro pode apreciar seus vitrais e exposições que têm entrada franca. Com outra caminhada de 15 minutos pode-se chegar ao Museu Ferroviário que resgata a importância da estrada de ferro para o desenvolvimento do Paraná e de Curitiba. O museu fica na antiga estação de trem, e traz objetos dos séculos XIX e XX, além de maquetes e documentos. Em anexo está o Estação Shopping, que é um shopping grande e simpático que traz a temática dos trens.
Pode-se pegar a Linha Turismo no Museu Ferroviário e seguir passando pelo passeio público, Memorial ao imigrante árabe, o Centro Cívico e deve-se parar no Museu Oscar Niemeyer, que é a melhor atração de Curitiba e cobra R$ 4,00 o ingresso e tem no hall de entrada um café de alta qualidade e preços justos. Não conheço outro museu igual a este, só a estrutura é uma obra-prima. O museu é enorme, o pátio tem expostas esculturas, seu prédio de entrada tem um grande vão e vários pisos que expõem mostras provisórias. Mas a grande atração é o olho, que se chega por um túnel que passa por baixo de um espelho de água e uma subida que passa por diversas salas cheias de obras de arte. A sala principal do olho expõe uma mostra permanente que inclui obras de Iberê Camargo, Portinari, Tarcila do Amaral entre muitos outros. Se fosse só pelo museu a visita a Curitiba já se justificaria e pode-se passar um dia inteiro facilmente dentro dele.
Após o Museu Oscar Niemeyer a Linha Turismo passa pelos lindos Bosques do Papa e Alemão, Universidade Livre do Meio Ambiente e Parque São Lourenço. A próxima parada obrigatória é no Ópera de Arame. Este é um teatro feito em estrutura tubular no meio de um lago e em uma antiga pedreira, não é cobrado ingresso a visita. O lugar é lindo, para se chegar até no teatro se passa por uma ponte que se pode apreciar no lago abaixo com peixes e a pedreira ao lado. No subsolo existe um café que pode tomar algo apreciando a paisagem linda. Do outro lado da pedreira está um grande anfiteatro para mais de 50 mil pessoas que está em desuso atualmente, o lugar é conhecido como Pedreira Paulo Lemiski.
Após o Ópera de Arame a Linha Turismo passa pelos lindos parques Tanguá e Tingui, pelo Portal Italiano e o bairro de Santa Felicidade – o grande centro gastronômico da cidade, outro lindo parque Barigui e a Torre Panorâmica até voltar para a Praça Tiradentes. Na praça pode-se tomar um táxi até outro ponto que não pode deixar de ser visitado, a Arena da Baixada. A corrida custa cerca de R$ 17,00 e o Atlético (dono do estádio) oferece tour de hora em hora ao custo de R$ 7,00. O tour leva pelos vestiários, arquibancadas, camarotes, a beira do gramado e um pequeno museu. Vale a pena a visita para os amantes de futebol.
Professor Felipe,
ResponderExcluirMuito bacana seu post sobre Curitiba. De fato, temos cá em nossa cidade belezas e marcos históricos que merecem todo apreço. Mas infelizmente, nossa cidade não é feita só de encantos. Temos aqui a maior concentração de veículos por habitante dentre as capitais brasileiras, nosso transporte coletivo contradiz a fama de "capital ecológica", pois 100% do transporte coletivo é feito a base de combustível fóssil e o pior - ao menos para os mais preocupados com a preservação do meio ambiente, com a qualidade do ar e com o respeito ao planeta - NÃO EXISTE UMA POLÍTICA PÚBLICA DE INCENTIVO A MEIOS ALTERNATIVOS DE TRANSPORTE, EM ESPECIAL AO USO DA BICICLETA.
Acredito que o Sr, enquanto professor de física e estudioso da Energia Nuclear, entende muito melhor do que eu sobre estas questões de matriz energética e o quanto isto diz respeito ao futuro que desejamos para esta nossa casa - a Terra. Curitiba, por intermédio de suas sucessivas administrações, fala muito, mas faz muito pouco para contribuir para um Mundo melhor. Para todos aqueles que quiserem conhecer Curitiba um pouco além do que a Linha Turismo mostra, recomendo o livro CURITIBA E O MITO DA CIDADE MODELO, do também professor Dennison de Oliveira(UFPR)ISBN 8573350539, neste livro ele mostra, com rigor científico, como e a que custo Curitiba foi projetada.
Mas claro, apesar dos problemas e deste meu contraponto, Curitiba é sim bela, mais pelo histórico de seu povo, por sua produção cultural que, por sua vez, ficam muito bem contadas nas irreprocháveis palavras do professor F. Damasio,
gostei do blog e já tá no favoritos (Ctrl+D)
abraços
oscar
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