Como escrever um livro interessante e que prenda a atenção do leitor falando de Matemática? A resposta foi encontrada por Leonard Mlodinow em “A andar do bêbado”. Ele usa e abusa de fatos do cotidiano e de história da Matemática para nos ensinar sobre uma das mais contoversas teorias matemáticas que é a da aleatoriedade. Além destes artifícios, Mlodinow também desafia o leitor de maneira constante com problemas que colocam em xeque nosso senso comum e que ao sabermos a resposta temos intimamente nosso orgulho ferido ao nos dar conta que erramos ao tentar responder ao desafio. Eu errei a maior parte deles, e desconfio que isto ocorra com a grande parte dos leitores.
Depois de um capítulo inicial, o autor apresenta a teoria da aleatoriedade por meio do que ele chama de suas três leis: a probabilidade de que dois eventos ocorram nunca é maior que a probabilidade de que cada evento ocorra individualmente, se dois eventos A e B forem independentes, a probabilidade de que A e B ocorram é igual ao produto de suas probabilidades individuais (Duas meias provas não são uma prova inteira!!) e se um evento pode ter diferentes resultados possíveis, A, B, C e assim por diante, a possibilidade de que A e B ocorram é igual à soma das probabilidades individuais de A e B, e a soma das probabilidades de todos os resultados possíveis (A, B, C e assim por diante) é igual a 1 (ou seja, 100%). Outro princípio destacado por Mlodinow diz que a probabilidade de uma evento depende do número de maneiras que ele pode ocorrer.
No início Mlodinow conta que os gregos ignoraram a parte da Matemática da aleatoriedade, e só os romanos, foi Cícero que cunhou o termo probabilidade, de olho nos jogos que se interessaram. O matemático que deu uma contribuição mais significativa, de acordo com Mlodinow, foi Cardano que também estava interessado em levar vantagem em jogos, o que fez com competência acumulando uma pequena fortuna. Seguem as contribuições de outros importantes matemáticos como Pascal (e sua pirâmide, além de descrever de maneira adorável o seu transe com suas conseqüências), Fermat, os Bernoulli entre outros.
O melhor capítulo do livro é o sete, A medição e a Lei dos Erros. O autor discute de maneira extremamente acessível termos como distribuição normal e desvio-padrão. Como coadjuvantes no capítulo estão gente do naipe de Laplace e Lavoisier. Outro destaque é quando Mlodinow mostra o quanto é subjetivo e arbitrário a escolha de que vinhos serão os mais caros e baratos. No próximo capítulo outros conceitos que muitas vezes passam por incompreensíveis são apresentados de maneira clara e elucidante, tais como regressão à média e coeficiente de correlação.
No penúltimo capítulo destaca-se a história deliciosa de como Michael Faraday desmascarou durante o século XIX a brincadeira do copo “guiado por espíritos” que ainda hoje é popular. Outro destaque deste capítulo é a análise de como o ser humano se sente seguro quando está no controle da situação. O último capítulo traz de maneira atraente uma explicação do motivo de sucesso e fracasso de escritores, empresário e artistas, usando como exemplo a história pessoal de Bruce Willis e Bill Gates, através da irresistível apresentação da teoria do caos. Com este capítulo, podemos entender um dos maiores mistérios do universo; porque Paulo Coelho vendeu mais de cem milhões de livros.
A única ressalva do livro é a falta de figuras e ilustrações. Elas são raras no livro e poderiam ser usadas para que o leitor pudesse absorver mais do brilhante texto de Mlodinow.
Depois de um capítulo inicial, o autor apresenta a teoria da aleatoriedade por meio do que ele chama de suas três leis: a probabilidade de que dois eventos ocorram nunca é maior que a probabilidade de que cada evento ocorra individualmente, se dois eventos A e B forem independentes, a probabilidade de que A e B ocorram é igual ao produto de suas probabilidades individuais (Duas meias provas não são uma prova inteira!!) e se um evento pode ter diferentes resultados possíveis, A, B, C e assim por diante, a possibilidade de que A e B ocorram é igual à soma das probabilidades individuais de A e B, e a soma das probabilidades de todos os resultados possíveis (A, B, C e assim por diante) é igual a 1 (ou seja, 100%). Outro princípio destacado por Mlodinow diz que a probabilidade de uma evento depende do número de maneiras que ele pode ocorrer.
No início Mlodinow conta que os gregos ignoraram a parte da Matemática da aleatoriedade, e só os romanos, foi Cícero que cunhou o termo probabilidade, de olho nos jogos que se interessaram. O matemático que deu uma contribuição mais significativa, de acordo com Mlodinow, foi Cardano que também estava interessado em levar vantagem em jogos, o que fez com competência acumulando uma pequena fortuna. Seguem as contribuições de outros importantes matemáticos como Pascal (e sua pirâmide, além de descrever de maneira adorável o seu transe com suas conseqüências), Fermat, os Bernoulli entre outros.
O melhor capítulo do livro é o sete, A medição e a Lei dos Erros. O autor discute de maneira extremamente acessível termos como distribuição normal e desvio-padrão. Como coadjuvantes no capítulo estão gente do naipe de Laplace e Lavoisier. Outro destaque é quando Mlodinow mostra o quanto é subjetivo e arbitrário a escolha de que vinhos serão os mais caros e baratos. No próximo capítulo outros conceitos que muitas vezes passam por incompreensíveis são apresentados de maneira clara e elucidante, tais como regressão à média e coeficiente de correlação.
No penúltimo capítulo destaca-se a história deliciosa de como Michael Faraday desmascarou durante o século XIX a brincadeira do copo “guiado por espíritos” que ainda hoje é popular. Outro destaque deste capítulo é a análise de como o ser humano se sente seguro quando está no controle da situação. O último capítulo traz de maneira atraente uma explicação do motivo de sucesso e fracasso de escritores, empresário e artistas, usando como exemplo a história pessoal de Bruce Willis e Bill Gates, através da irresistível apresentação da teoria do caos. Com este capítulo, podemos entender um dos maiores mistérios do universo; porque Paulo Coelho vendeu mais de cem milhões de livros.
A única ressalva do livro é a falta de figuras e ilustrações. Elas são raras no livro e poderiam ser usadas para que o leitor pudesse absorver mais do brilhante texto de Mlodinow.
Classificação pessoal e arbitrária: quatro estrelas e meia.
Bem interessante o livro, pessoalmente leio sempre... mas poderia ser acompanhado de explicação junto com cálculos numéricos, para entendermos melhor a coisa(sou prof. de mat.) bem interessante.... e além disso tem a falta de figuras, é um livro legal, mas não para se ler linearmente e sim em tópicos de coisas q. vc mais ache interessante... 4 estrelas.!!!
ResponderExcluirabraços!