O livro começa com sua melhor parte, o prefácio escrito por Percival Maricato, percebe-se que se trata da tentativa de ser um livro de humor, ou no mínimo, bem humorado. Entre as preferências dos povos antigos por cerveja, vinho ou uísque, é narrada por Maricato a deliciosa história que os cartagineses fabricavam seu próprio vinho no norte da África, no entanto, vendiam em jarras escritas em grego e como se tivessem sido fabricados na península grega. É o caso mais antigo que eu conheço de relato de pirataria, muito antes dos produtos chineses vendidos no Paraguai.
Tavares divide seu livro em cinquenta e seis pequenos capítulos, abordando as mais variadas histórias sobre o mesmo tempo: bebidas e as consequências de seu consumo não moderado. Entre os muitos personagens que têm suas peripécias etílicas narradas, estão: Cleópatra, Edgar Allan Poe, Mata Hari, Kennedy entre muitos outros. Porém, o leitor sente falta dos personagens brasileiros contemporâneos, a explicação é feita por Tavares no final do livro, e justificado que por força da lei teria que perdi autorização, o que ele se negou.
O texto de Tavares é recheado de frases mal construídas e de parágrafos de uma frase só e raciocínios mal acabado por falta de talento literário. Também as anedotas durante o capítulo apenas travam a leitura e nem são tão engraçadas. Para mim, os dois principais problemas do livro estão na ordem dos capítulos e nos erros de História que envergonhariam qualquer professor ou revisor. O livro é formado por cinquenta e seis contos, pois não há qualquer relação entre eles, o que pode ser uma vantagem se o leitor quiser ler capítulos isoladamente, porém como parte de uma só obra eles são desconexos. Além disto, a ordem deles não tem qualquer razão aparente, o foi escolhida em uma noite de bebedeira como o tema do livro sugere; em um exemplo haja fôlego para acompanhar os saltos entre o capítulo sobre Cleópatra seguido por um sobre Alexandre (que viveu quase trezentos anos antes) e no próximo já está no Brasil colônia e depois para os papas da idade média, ufa!! Mais o principal defeito do livro diz respeito à falta, imperdoável, de pesquisa ou de revisão aos dados históricos, erros Crassos que fariam estudantes de Ensino Médio ficarem vermelhos de vergonha. Na página 32 Tavares afirma que Roma foi governada por um triunvirato formado por Júlio César, Otávio e Marco Antônio (só para relembrar os dois triunviratos foram formados: o primeiro por Crasso, Júlio César e Caio e o segundo por Marco Antônio, Otávio e Lépido), mais uma vez parece que o autor escreveu alcoolizado para contemplar o tema do livro. Na página 50, ele afirma que um antigo pirata virou o papa João XXIII em 1410, o porre que o autor deve ter tomado quando escreveu este trecho deve ter afetado também a sua memória, pois o papa João XXIII teve seu papado no século XX, entre os anos de 1958 e 1963, e em 1410 o papa era Gregório XII. Ainda pior é o erro da página 123, onde ele afirma que Lula e Collor disputaram a eleição em 1986, só para lembrar a eleição foi em 1989, e em 86 Collor disputou e venceu a eleição para o governo de Alagoas, e pelo que eu saiba, Lula nunca disputou este cargo.
O ponto de mais mau gosto do livro é o capítulo intitulado “Exmo. sr. Presidente bebum”. Em um discurso direitista, que se repete ao longo do livro, Tavares mostra um texto tão incoerente e cheio de equívocos que fariam Diogo Mainardi ficar orgulhoso de assiná-lo. A incoerência continua na página 179, onde ele diz que os poetas são sensíveis. Até aí eu concordo, mas para alguém que se diz poeta, a incoerência aparece quando se análise seu texto, cheio de insensibilidades. Algumas delas: “Rasputin, dono de um pirocão abençoado”, “Jean Paul Sartre era um vesguinho esquisito” e “Simone Beauvoir era uma autêntica Raimunda, feia de cara, boa de bunda”.
Nos capítulos finais, o livro parece a sessão de revistas “Sem dúvida”. Tavares faz e responde perguntas sem citar a fonte, se é que ele consultou alguma, pois a julgar pelos erros que comete, pesquisa não é um hábito que pratique antes de escrever. O que se prova mais uma vez na página 232, onde coloca Kimi Raikkonen como piloto da McLaren, um livro de 2009 devia estar atualizado que Kimi é piloto Ferrari desde Michael Schumacher se aposentou, sendo inclusive campeão pela scuderia em 2007!!
O livro termina... não termina!! Como ele é um amontoado de histórias, quando a última acaba, o livro acaba, não há nem uma linha de encerramento, fica apenas a sensação de ter deixado de ler um livro bom no lugar deste.
Tavares divide seu livro em cinquenta e seis pequenos capítulos, abordando as mais variadas histórias sobre o mesmo tempo: bebidas e as consequências de seu consumo não moderado. Entre os muitos personagens que têm suas peripécias etílicas narradas, estão: Cleópatra, Edgar Allan Poe, Mata Hari, Kennedy entre muitos outros. Porém, o leitor sente falta dos personagens brasileiros contemporâneos, a explicação é feita por Tavares no final do livro, e justificado que por força da lei teria que perdi autorização, o que ele se negou.
O texto de Tavares é recheado de frases mal construídas e de parágrafos de uma frase só e raciocínios mal acabado por falta de talento literário. Também as anedotas durante o capítulo apenas travam a leitura e nem são tão engraçadas. Para mim, os dois principais problemas do livro estão na ordem dos capítulos e nos erros de História que envergonhariam qualquer professor ou revisor. O livro é formado por cinquenta e seis contos, pois não há qualquer relação entre eles, o que pode ser uma vantagem se o leitor quiser ler capítulos isoladamente, porém como parte de uma só obra eles são desconexos. Além disto, a ordem deles não tem qualquer razão aparente, o foi escolhida em uma noite de bebedeira como o tema do livro sugere; em um exemplo haja fôlego para acompanhar os saltos entre o capítulo sobre Cleópatra seguido por um sobre Alexandre (que viveu quase trezentos anos antes) e no próximo já está no Brasil colônia e depois para os papas da idade média, ufa!! Mais o principal defeito do livro diz respeito à falta, imperdoável, de pesquisa ou de revisão aos dados históricos, erros Crassos que fariam estudantes de Ensino Médio ficarem vermelhos de vergonha. Na página 32 Tavares afirma que Roma foi governada por um triunvirato formado por Júlio César, Otávio e Marco Antônio (só para relembrar os dois triunviratos foram formados: o primeiro por Crasso, Júlio César e Caio e o segundo por Marco Antônio, Otávio e Lépido), mais uma vez parece que o autor escreveu alcoolizado para contemplar o tema do livro. Na página 50, ele afirma que um antigo pirata virou o papa João XXIII em 1410, o porre que o autor deve ter tomado quando escreveu este trecho deve ter afetado também a sua memória, pois o papa João XXIII teve seu papado no século XX, entre os anos de 1958 e 1963, e em 1410 o papa era Gregório XII. Ainda pior é o erro da página 123, onde ele afirma que Lula e Collor disputaram a eleição em 1986, só para lembrar a eleição foi em 1989, e em 86 Collor disputou e venceu a eleição para o governo de Alagoas, e pelo que eu saiba, Lula nunca disputou este cargo.
O ponto de mais mau gosto do livro é o capítulo intitulado “Exmo. sr. Presidente bebum”. Em um discurso direitista, que se repete ao longo do livro, Tavares mostra um texto tão incoerente e cheio de equívocos que fariam Diogo Mainardi ficar orgulhoso de assiná-lo. A incoerência continua na página 179, onde ele diz que os poetas são sensíveis. Até aí eu concordo, mas para alguém que se diz poeta, a incoerência aparece quando se análise seu texto, cheio de insensibilidades. Algumas delas: “Rasputin, dono de um pirocão abençoado”, “Jean Paul Sartre era um vesguinho esquisito” e “Simone Beauvoir era uma autêntica Raimunda, feia de cara, boa de bunda”.
Nos capítulos finais, o livro parece a sessão de revistas “Sem dúvida”. Tavares faz e responde perguntas sem citar a fonte, se é que ele consultou alguma, pois a julgar pelos erros que comete, pesquisa não é um hábito que pratique antes de escrever. O que se prova mais uma vez na página 232, onde coloca Kimi Raikkonen como piloto da McLaren, um livro de 2009 devia estar atualizado que Kimi é piloto Ferrari desde Michael Schumacher se aposentou, sendo inclusive campeão pela scuderia em 2007!!
O livro termina... não termina!! Como ele é um amontoado de histórias, quando a última acaba, o livro acaba, não há nem uma linha de encerramento, fica apenas a sensação de ter deixado de ler um livro bom no lugar deste.
Classificação pessoal e arbitrária: uma estrela e meia.
não conseguiria finalizar esta leitura. será que um escritor tem o direito de induzir ao erro sobre a História?
ResponderExcluira minha visão agradece as mudanças!!
Ow, como você conseguiu chegar ao fim deste livro? Ou pior: como conseguiu dar uma estrela e meia a um livro que comete erros tão graves?
ResponderExcluirComo sempre, você quer trazer suas recomendações, com uma visão crítica sobre a obra, tendo o cuidado de situar o leitor aos benefícios e/ou malefícios da leitura.
Um grande abraço, amigo!
Prof_Michel